Todos nós sabemos a importância da leitura e da escrita, pois um dos principais objetivos dos pais ao matricularem seus filhos numa escola é vê-los lendo e escrevendo com perfeição.
Mas, devido a relevância deste assunto é fundamental que façamos algumas reflexões, pois a aprendizagem da leitura e da escrita ocorre de forma dinâmica e envolve a alfabetização e o letramento.
Para entendermos melhor este tema, usaremos a explicação de Magda Soares, uma das mais renomadas pesquisadoras do assunto:
Apesar de serem diferentes, os dois se complementam e ocorrem simultaneamente, por isso é fundamental oferecer, continuamente, oportunidades de contato com variados tipos de texto, desde a mais tenra idade.
Com os pequenos, por exemplo, podemos estimular vivências com textos ligados à tradição oral como parlendas, cantigas, músicas, poemas, trava-línguas, entre outros. Quando escolhemos textos adequados, divertidos e próprios da infância trazemos significado para a utilização e ressaltamos que muito além de apenas aprender a ler e escrever, é de suma importância compreendermos e sabermos usar as informações.
A alfabetização é um momento mágico da vida de uma criança: é quando deixa de ‘ler’ as figuras e passa a fazer a ‘leitura’ do mundo em que vive de forma convencional, ou seja, as palavras.
E essa descoberta inicia-se ao primeiro contato do aluno com o chamado ‘mundo letrado’, isto é, quando a criança passa a ter contato com as letras, o que pode acontecer na escola ou com a família na leitura de histórias, por exemplo. Esse processo permeia por entre as brincadeiras, pois é também por meio delas que a criança faz as primeiras associações.
A medida em que a criança participa das dinâmicas escolares, ela se apropria de conceitos importantes para que o processo de alfabetização se consolide. Aprender as letras do alfabeto em diferentes contextos, tais como: no nome próprio, nome dos colegas, figuras e/ou objetos de conhecimento da criança, nas rodas de músicas, rodas de conversa, entre outros, permite que a criança amplie vocabulário e conhecimento.
Vivemos dias em que momentos entre pais e filhos tornam-se cada vez mais escassos; e muitas vezes, ao chegar em casa não conseguimos nos desligar do dia atribulado que tivemos.
Já em casa, lembramos o e-mail que ficou sem resposta ou a ligação que não fizemos… Dessa forma, sem perceber deixamos de priorizar nosso bem mais precioso: a família.
Na Orientação Educacional há o acompanhamento do desenvolvimento pessoal e acadêmico de cada aluno. É dado suporte à sua formação, além do auxílio para que, durante a resolução de conflitos, ele possa refletir sobre valores morais e éticos.
A parte mais interessante do trabalho do Orientador Educacional, é ouvir as crianças, as histórias que contam e a maneira como enxergam algumas questões, pensei por um tempo e percebi que a melhor maneira de expor situações do cotidiano era sem dúvida ouvir as crianças, afinal, elas tem uma sabedoria surpreendente, pois sua cabeça é um terreno muito fértil, de modo que uma simples conversa sempre se transforma num momento inusitado.
Entrei na sala de aula do segundo ano e nos sentamos em roda. Me deparei com vários trabalhos expostos na parede e minha reação foi imediata: “Que trabalhos lindos! Me contem como vocês fizeram!”
Então eles começaram a relatar, com muito orgulho, o que haviam feito com a ajuda de seus pais e o quanto tinham se divertido durante a atividade.
Perguntei então para a turma por que eles gostavam quando os pais os ajudavam em suas atividades escolares, e dentre as inúmeras respostas as crianças disseram:
“ _ Ah, é muito legal, meu pai me ajuda e tira minhas dúvidas.”
“_ Minha mãe trabalha bastante, mas quando ela me ajuda é legal.”
“_ Gosto quando a minha mãe fica junto comigo!”
Os relatos não pararam por aí; as crianças falaram inclusive como é gostoso receber carinhos, abraços e beijinhos dos pais durante a realização de tarefas.
Os pequenos, ah… eles ainda são pequenos, não é? Sentem muito a necessidade da presença de seu responsável durante a realização de tarefas e trabalhos escolares. Com o tempo, vão adquirindo autonomia, e passarão a solicitar cada vez menos a presença de um adulto (no quinto ano, as respostas que obtive foram um pouco diferentes).
Meu intuito com esse texto, não é “puxar a orelha” ou algo do tipo; é apenas reforçar o papel importante da família nas atividades escolares e como as crianças se sentem seguras quando os pais estão por perto, seja qual for a situação.
Cada família tem seus hábitos, crenças e objetivos, e devemos, é claro, levar tudo isso em consideração e respeitar a rotina semanal intensa de cada uma, porém, pensemos também que: à medida em que a criança cresce, vai construindo sua história e suas memórias.
Portanto, para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de acompanhar a lição de casa ou realizar trabalhos de escola com seus filhos, saibam que isso não é ausência, é só necessidade de trabalhar; mas não deixem de aproveitar cada minuto como único: aquela conversa no carro para saber como foi o dia de seu filho, a canção preferida que vocês podem cantar juntos, um comentário sobre algum programa de televisão que ele tenha interesse ou “simplesmente” jogar um jogo, de tabuleiro.
Lembre-se de que “Menos é Mais”.
O importante mesmo é o momento, algo que permita que pais e filhos possam interagir.
É preciso entender que o processo de alfabetização não é mecânico e não depende apenas da metodologia aplicada. Quando alfabetizamos uma criança de 6 anos, observamos as questões emocionais e comportamentais, bem como se ela está ‘madura’, ou seja, isso significa respeitar seu desenvolvimento neurológico, pois o cérebro só está preparado para estabelecer este mecanismo a partir desta idade.
Neste momento é necessário que a família diminua as expectativas que acerca a alfabetização e respeite o desenvolvimento do(a) seu(sua) filho(a). Importante também que não façam comparações entre os colegas, pois cada um tem seu ritmo e mais, quanto mais estímulo a criança recebe, criam-se possibilidades para que este processo aconteça no momento certo.
Vamos compartilhar algumas sugestões que vocês podem fazer para estimular seus filhos. São dicas simples e que podem ser inseridas na rotina da família.
Enquanto pais, devemos diminuir a ansiedade e realizar os estímulos necessários a cada faixa etária, pois a alfabetização acontecerá sem traumas nem medos quando a criança sentir-se segura do seu próprio saber.
Todos nós sabemos a importância da leitura e da escrita, pois um dos principais objetivos dos pais ao matricularem seus filhos numa escola é vê-los lendo e escrevendo com perfeição.
Mas, devido a relevância deste assunto é fundamental que façamos algumas reflexões, pois a aprendizagem da leitura e da escrita ocorre de forma dinâmica e envolve a alfabetização e o letramento.
Para entendermos melhor este tema, usaremos a explicação de Magda Soares, uma das mais renomadas pesquisadoras do assunto:
Apesar de serem diferentes, os dois se complementam e ocorrem simultaneamente, por isso é fundamental oferecer, continuamente, oportunidades de contato com variados tipos de texto, desde a mais tenra idade.
Com os pequenos, por exemplo, podemos estimular vivências com textos ligados à tradição oral como parlendas, cantigas, músicas, poemas, trava-línguas, entre outros. Quando escolhemos textos adequados, divertidos e próprios da infância trazemos significado para a utilização e ressaltamos que muito além de apenas aprender a ler e escrever, é de suma importância compreendermos e sabermos usar as informações.
A alfabetização é um momento mágico da vida de uma criança: é quando deixa de ‘ler’ as figuras e passa a fazer a ‘leitura’ do mundo em que vive de forma convencional, ou seja, as palavras.
E essa descoberta inicia-se ao primeiro contato do aluno com o chamado ‘mundo letrado’, isto é, quando a criança passa a ter contato com as letras, o que pode acontecer na escola ou com a família na leitura de histórias, por exemplo. Esse processo permeia por entre as brincadeiras, pois é também por meio delas que a criança faz as primeiras associações.
A medida em que a criança participa das dinâmicas escolares, ela se apropria de conceitos importantes para que o processo de alfabetização se consolide. Aprender as letras do alfabeto em diferentes contextos, tais como: no nome próprio, nome dos colegas, figuras e/ou objetos de conhecimento da criança, nas rodas de músicas, rodas de conversa, entre outros, permite que a criança amplie vocabulário e conhecimento.
Vivemos dias em que momentos entre pais e filhos tornam-se cada vez mais escassos; e muitas vezes, ao chegar em casa não conseguimos nos desligar do dia atribulado que tivemos.
Já em casa, lembramos o e-mail que ficou sem resposta ou a ligação que não fizemos… Dessa forma, sem perceber deixamos de priorizar nosso bem mais precioso: a família.
Na Orientação Educacional há o acompanhamento do desenvolvimento pessoal e acadêmico de cada aluno. É dado suporte à sua formação, além do auxílio para que, durante a resolução de conflitos, ele possa refletir sobre valores morais e éticos.
A parte mais interessante do trabalho do Orientador Educacional, é ouvir as crianças, as histórias que contam e a maneira como enxergam algumas questões, pensei por um tempo e percebi que a melhor maneira de expor situações do cotidiano era sem dúvida ouvir as crianças, afinal, elas tem uma sabedoria surpreendente, pois sua cabeça é um terreno muito fértil, de modo que uma simples conversa sempre se transforma num momento inusitado.
Entrei na sala de aula do segundo ano e nos sentamos em roda. Me deparei com vários trabalhos expostos na parede e minha reação foi imediata: “Que trabalhos lindos! Me contem como vocês fizeram!”
Então eles começaram a relatar, com muito orgulho, o que haviam feito com a ajuda de seus pais e o quanto tinham se divertido durante a atividade.
Perguntei então para a turma por que eles gostavam quando os pais os ajudavam em suas atividades escolares, e dentre as inúmeras respostas as crianças disseram:
“ _ Ah, é muito legal, meu pai me ajuda e tira minhas dúvidas.”
“_ Minha mãe trabalha bastante, mas quando ela me ajuda é legal.”
“_ Gosto quando a minha mãe fica junto comigo!”
Os relatos não pararam por aí; as crianças falaram inclusive como é gostoso receber carinhos, abraços e beijinhos dos pais durante a realização de tarefas.
Os pequenos, ah… eles ainda são pequenos, não é? Sentem muito a necessidade da presença de seu responsável durante a realização de tarefas e trabalhos escolares. Com o tempo, vão adquirindo autonomia, e passarão a solicitar cada vez menos a presença de um adulto (no quinto ano, as respostas que obtive foram um pouco diferentes).
Meu intuito com esse texto, não é “puxar a orelha” ou algo do tipo; é apenas reforçar o papel importante da família nas atividades escolares e como as crianças se sentem seguras quando os pais estão por perto, seja qual for a situação.
Cada família tem seus hábitos, crenças e objetivos, e devemos, é claro, levar tudo isso em consideração e respeitar a rotina semanal intensa de cada uma, porém, pensemos também que: à medida em que a criança cresce, vai construindo sua história e suas memórias.
Portanto, para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de acompanhar a lição de casa ou realizar trabalhos de escola com seus filhos, saibam que isso não é ausência, é só necessidade de trabalhar; mas não deixem de aproveitar cada minuto como único: aquela conversa no carro para saber como foi o dia de seu filho, a canção preferida que vocês podem cantar juntos, um comentário sobre algum programa de televisão que ele tenha interesse ou “simplesmente” jogar um jogo, de tabuleiro.
Lembre-se de que “Menos é Mais”.
O importante mesmo é o momento, algo que permita que pais e filhos possam interagir.
É preciso entender que o processo de alfabetização não é mecânico e não depende apenas da metodologia aplicada. Quando alfabetizamos uma criança de 6 anos, observamos as questões emocionais e comportamentais, bem como se ela está ‘madura’, ou seja, isso significa respeitar seu desenvolvimento neurológico, pois o cérebro só está preparado para estabelecer este mecanismo a partir desta idade.
Neste momento é necessário que a família diminua as expectativas que acerca a alfabetização e respeite o desenvolvimento do(a) seu(sua) filho(a). Importante também que não façam comparações entre os colegas, pois cada um tem seu ritmo e mais, quanto mais estímulo a criança recebe, criam-se possibilidades para que este processo aconteça no momento certo.
Vamos compartilhar algumas sugestões que vocês podem fazer para estimular seus filhos. São dicas simples e que podem ser inseridas na rotina da família.
Enquanto pais, devemos diminuir a ansiedade e realizar os estímulos necessários a cada faixa etária, pois a alfabetização acontecerá sem traumas nem medos quando a criança sentir-se segura do seu próprio saber.